A UMA ESTÁTUA
Detrás do olhar repousante
e do gesto de linha humanizada
palpitam nove mortes esperando
a descida do sol.
O corpo de cristal será violado
para que brote sangue e água morta
e na boca de pura arquitetura
renascerão a ferida e dor.
Não respires eterno, condenada
estátua de cristal, de sol e carne,
para tuas veias o tempo vai semeando
a origem do fim.
Homero Icaza Sánchez
Tradução de Antonio Miranda