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A UMA ESTÁTUA

Detrás do olhar repousante
e do gesto de linha humanizada
palpitam nove mortes esperando
a descida do sol.

O corpo de cristal será violado
para que brote sangue e água morta
e na boca de pura arquitetura
renascerão a ferida e dor.

Não respires eterno, condenada
estátua de cristal, de sol e carne,
para tuas veias o tempo vai semeando
a origem do fim.

autógrafo

Homero Icaza Sánchez
Tradução de Antonio Miranda


«Poemas para cuerdas» (1956)

español Versión original

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